Como foi o desenvolvimento e criação de sua marca?

Amigos, acho importante falarmos sobre este assunto que poderá no futuro ajudar a diversos membros.Como comecei a pensar na marca e o porquê:


Quando comecei a pensar em mudar de cidade, pois morava em
Guarulhos, um local difícil de realizar meu sonho, pois está muito desenvolvido,
escolhi Bragança Paulista primeiro porque vi uma cidade com capacidade de
crescimento e fácil encontro de oportunidades.


Existe nesta cidade o que existe em todas as outras cidades,
o setor nobre, o médio e o baixo.


Classe A, B e C/D. Nunca imaginei setor AA, A+, A elevado a
terceira potencia ou coisas do tipo, pois num inicio de negocio basta saber
separar entre os três setores e o ultimo acompanha o terceiro, pois vivem
sempre do lado ou próximos, salvo raríssimas exceções.


Instalar uma loja na classe A nem pensar, o que eles gastam
com panfletagem é superior á soma de todo o meu custo fixo.


Na classe média iria encontrar empresários melhor
preparados, então resolvi começar como um mosquitinho importunando os pequenos.


Encontrei um setor para instalar a loja na junção de três
bairros, bem afastada do centro, praticamente uma cidade á parte, com 25 mil
moradores.


Em primeiro lugar, fiz as pesquisas sobre o que falta na
região, o que teria boa aceitação no local e os produtos que eu poderia
melhorar de alguma forma, seja na qualidade, preço ou atendimento.


Encontrei os seguintes itens:


Assados, frango assado e carnes.


Pizzas, sanduíches e salgados.


Pão e leite.


Artigos de supermercado e café da manhã.


Entrega de marmitex em empresas.


Queijos e embutidos.


Papelaria.


Loja de roupas, especializada em cama, mesa e banho.


Peixaria.




Isso foi por mim apurado a custa de gastar muita canela
subindo e descendo morro e conversando com os moradores. Isso foi difícil, pois
sou uma criatura anti-social desde criança e é muito difícil vencer esta
limitação.


Escolhi entrar primeiramente com os assados, porem, teria de
primeiro encontrar um ponto e abrir uma primeira lojinha vendendo de tudo, para
conhecer melhor os hábitos dos clientes.


Chamei a isso laboratório de aproximação.


Comecei uma reforma em um prédio no centro da cidade em um
imóvel que aluguei, iria esperar melhorar a situação e colocar uma loja lá, mas
o destino terminou por encerrar esta questão e perdi algum dinheiro neste
tempo.


Encontrei um grande salão numa rua que “considerava” a
melhor do bairro.


Morava numa casa ao lado e fiquei quase cinco meses com esta loja aberta, onde vendia de tudo, desde pizzas comuns, pizza cone, pastéis,
salgados, enlatados e doces. Vendia até Pipa e linha pra molecada.


Um dia alguém apareceu e comprou, lucrei muito na época e
recuperei um pouco do dinheiro.


Mudei pra uma outra rua que a meu ver poderia ser mais bem
trabalhada, poderia ser um outro pólo do comercio local, onde aluguei uma casa
e passei a morar.


Voltei a pesquisar o gosto das pessoas e a fazer algumas
pizzas para degustação em minha própria casa.


Deixei bem claro a todos os vizinhos que eu estava
interessado em alugar alguns pontos comerciais, mas isso demorava a acontecer,
pois a maioria estava ocupada ou estava construindo.


Esta rua fica muito bem localizada, pois primeiro não existe
ponto de referencia, *coisa que explicarei mais adiante, é rota de todos os
ônibus que entram no bairro e caminho obrigatório para três escolas da região e
dois postos de saúde.





*Sobre não haver ponto de referencia, explico uma coisa que
sempre notei em todas as cidades, as pessoas esquecem o nome da rua e passam a
se referir a ela como a rua da farmácia tal, rua do mercado fulano, rua da
lanchonete sicrano e coisas assim.


“Dou como exemplo uma ótima escola de pizzaiolos, que para
descer no ponto certo temos de pedir ao cobrador para avisar quando chegar o
ponto da Sapataria Mazzalli”.




Decidido isso, alugado a casa, não vagavam salões próximos,
existiam alguns mais longe, mas bem mais caros e fugiam a minha idéia de
transformar a rua, então resolvi abrir ali mesmo na minha pequena garagem a
casa de assados. Estou ali a um pouco mais de dois meses, porem como estou
implantando a pizza aluguei um salão pequeno ao lado para separar as linhas de
produção e conseguir mais espaço pra colocar algumas mesas.




Sobre a escolha da marca:


Todos os dias nós recebemos sem perceber em torno de Três
mil apelos de consumo, são anúncios que não prestamos atenção, mas pode ter
certeza de que olhamos pra eles.


Destes Três mil, apenas duzentos são notados pelo nosso
cérebro e “menos de Três realmente entram em nosso banco de memória” e ficam a
disposição para uma consulta futura, para que lembremos dele.



Neste ponto, uma marca tem de estar entre estes “menos de
Três”.




Existem muitas formas de se conseguir isso, com logotipos
bem elaborados, com frases de efeito, com nomes sugestivos e com uma gama de
coisas que podemos juntar e fazer a diferença.


O mais comum é a utilização do logotipo sugestivo.


Dou um exemplo de logotipo de sucesso, o Itaú e o Bradesco.


Apesar de serem marcas já consagradas as agencias que
fizeram a campanha deram ao logotipo um significado, que apesar de não ser
notado pelos clientes, é gravado na memória facilmente.


Outro caso é a Nike.


Coca-cola e etc.




Vamos nos centrar no campo de alimentação e Fast-foods.


Temos a capacidade de associar cores a sabores e isso vem de
há muito tempo.


"A experiência cognitiva do ser humano relaciona cores
quentes, como vermelho e laranja, a alimentos doces. O verde, por sua vez, é
associado a comidas ácidas e azedas, como o limão. Já o azul remete a coisas
mofadas ou estragadas"


Notem que a maioria dos Fast-foods tem a tendência de usar
em seus logos, sites e propagandas diversas cores relacionadas ao vermelho,
laranja e amarelo, podendo mudar a tonalidade.


Estas cores são consideradas “cores quentes”, cores que nos
sugerem calor, e por isso são muito utilizadas no setor, pois influenciam as
pessoas aguçando o paladar.



Neste momento pensei em criar também as peças em papel,
folhetos, cardápio e banners.


Para isso temos de imaginar o folheto como um oferecimento
do nosso produto. Ele é a extensão de nossos lábios, tem de falar por si
mesmos.




Lembrei neste momento de uma garrafa adotada pela Coca-cola,
lá pela década de 1970, ou antes. Era uma garrafa torcida, até estranha, mas
que quando quebrada os cacos ainda lembravam a garrafa de coca.


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Pensei num folheto onde mesmo no chão ou no lixo atraísse a
atenção das pessoas.


As cores escolhidas foram o vermelho e o amarelo, podendo
ser usado no futuro o preto e o dourado. Parece carnaval, mas está dando certo.


O preto seria usado no lançamento da pizza com massa de
chocolate e o dourado para uma linha com recheio mais generoso e inusitado.


Não aconselho isso para quem quer fazer uma loja tradicional,
pois não é meu caso, eu penso em criar uma rede pequena.


Neste ponto tive de pensar também que em momentos difíceis,
eu poderia usar propaganda em uma só cor, o que é bem mais barato.


Comecei a pesquisar os logos existentes por aí.


No caso do Habib’s é o gênio e a marca ao lado, usando
vermelho e amarelo.




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No caso do Mac Donald estão lá as cores vermelhas e
amarelas:




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Mais um exemplo, rede Giraffas:




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Dominós Pizza:




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Pizza Hut:




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Precisava de um logotipo que chamasse a atenção, ficasse
gravado na memória das pessoas e tivesse a ver com meu produto.


Como meu carro chefe é o frango assado, maior e recheado,
escolhi o nome FRANGOSARADO, que é fácil de ser decorado, tanto que as pessoas
que me conhecem já decoraram o nome, até aqui no fórum.


Achei um frango halterofilista num site Chinês e estava
pronto meu logotipo provisório.

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Provisório, porque irei fazer um melhor no futuro.
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Hoje posso dar meu testemunho sobre o andamento da campanha,
que ainda se resume em Banners, carro adesivado, folhetos, site (Falta tempo
pra fazer o definitivo) e esta semana começo com o carro de som.


Onde passo com o carro as crianças apontam e os adultos
também, as pessoas param e voltam para ler os banners onde abuso do visual.


Na loja as pessoas apontam os banners quando passam de carro.


Os folhetos jogados na rua, perdidos e etc, atraem a atenção
dos adultos e principalmente das crianças, ao verem o franguinho engraçado.


Eles pegam do chão e olham.


Falando em engraçado, algumas pessoas acham graça e riem
muito, achando inclusive ridículo o nome, isso acontece com freqüência.


Não me importo, pois estas pessoas tendem a voltar e comprar
meus produtos, o que já ficou comprovado.


Enquanto riem estão gravando minha marca em suas mentes.


A rua onde resido já se transformou na rua do “FRANGOSARADO”
em pouco tempo.


Agora estou elaborando o logotipo e plano de negócios de
dois outros negócios que irei fazer muito em breve, a loja de roupas e a
Papelaria.


Estes outros nada tem a ver com o FRANGOSARADO, logotipos
diferentes, cores diferentes, a única coisa em comum é que o dono é o mesmo e
pretendo aproveitar o carro de som para anunciar as ofertas.


Pretendo também tentar eu mesmo gravar os Cd’s, pois apesar
de não ter uma voz linda, preciso atualizar as promoções sempre.


Bom, pretendi aqui explicar como surgiu minha marca, que os
amigos também aproveitem o gancho e enriqueçam este tópico.





Abraços

Grande Amigo

Perfeito o seu posicionamento, estratégia e metodologia

Parabens!